quarta-feira, 7 de maio de 2008

O tabagismo

É considerado a mais importante causa modificável de doença e de morte, sendo responsável por 1 em cada 6 óbitos. Nos Estados Unidos, estatísticas recentes demonstram que cerca de 450.000 pessoas por ano morrem de doenças relacionadas, direta ou indiretamente, ao tabagismo.No Brasil, a prevalência do tabagismo é elevada, estima-se que 150.000 óbitos ocorram devido ao tabagismo. Em todo o mundo - que conta com um bilhão de fumantes, cerca de três milhões morrem anualmente por fumarem.A luta contra o tabagismo teve seu marco em 1964, quando a Sociedade Gerais dos Estados Unidos alertava para a importante relação entre tabagismo e câncer de pulmão.A partir daí várias outras neoplasias como as da cavidade oral, trato respiratório, neoplasias das vias urinárias, neoplasias de pâncreas, assim como linfomas e neoplasias ginecológicas, foram também relacionadas ao hábito de fumar. As doenças cardiovasculares, têm muito bem estabelecida sua relação com o hábito de fumar.Os Riscos do Cigarro:Além do risco aumentado para doença coronariana, indivíduos que fumam mais de um maço de cigarros ao dia, têm risco 5 vezes maior de morte súbita do que indivíduos não fumantes.O tabagismo também é a principal causa de doença pulmonar obstrutiva crônica e um dos mais importantes fatores de risco para aterosclerose e da cardiopatia isquêmica. O uso do cigarro também prejudica a atividade física, pela dificuldade de respirar durante o exercício máximo.Os Componentes e o Vìcio:A fumaça do cigarro contém, entre centenas de produtos: CO, nicotina, acroleína, nitrosaminas e vários hidrocarbonetos considerados carcinogênicos.A necessidade, por vezes incontrolável, de inalar a fumaça do cigarro tem íntima relação com os efeitos viciantes da nicotina. Em menos de 20 segundos após uma tragada já é liberada nicotina para o cérebro.Os Sintomas:A nicotina causa uma constrição dos bronquíolos terminais dos pulmões, aumentando a resistência do ar nos pulmões, e consequentemente dificultando a respiração; e também paralisa os cílios nas superfícies de células epiteliais respiratórias, que, nas condições normais, batem de modo contínuo para remover os líquidos em excesso e as partículas estranhas.Os efeitos irritativos da fumaça aumentam a secreção mucosa.Como resultado dessas alterações ocorre acúmulo de muitos detritos nas vias respiratórias o que agrava a dificuldade de respirar, além de produzir nos fumantes crônicos a chamada descarga brônquica matinal ( escarro), geralmente acompanhada de tosse.A carcinogenicidade da fumaça do cigarro está ligada principalmente aos hidrocarbonetos e as nitrosaminas.Os efeitos fisiológicos da nicotina são excitação comportamental e ativação simpática, causando:Prazer, Melhora do rendimento nas tarefas alívio da ansiedade, Diminuição da fome, Redução do peso corpóreo, Aumento da taxa metabólica, Aceleração da freqüência cardíaca, Aumento do débito cardíaco, Elevação da pressão arterial, entre outros. Durante a tentativa do abandono do cigarro, ocorre a crise de abstinência, onde podem estar presentes:Irritabilidade, Agitação, Tonteira, Dificuldade de concentrar-se, Ansiedade, Fome, Ganho ponderal, Distúrbio do sono, Desejo ardente de nicotina, Redução da freqüência cardíaca Considera-se que o ponto de partida para a redução do consumo do tabaco seja restrição à sua divulgação.A insistente relação entre fumar e sucesso profissional ,esportivo e amoroso induz crianças e adolescentes a se iniciarem no tabagismo.O passo seguinte deve ser a elaboração de programas comunitários que esclareçam sobre os riscos de fumar.A suspensão do hábito de fumar deve ser definitiva, para trazer de fato benefícios ao indivíduo. O apoio psicoterápico tem importante papel na tentativa de obter essa meta, porque além das medidas médicas, como uso de substâncias para substituir a nicotina do tabaco ou drogas para atenuar os efeitos da abstinência, é necessária a alteração comportamental do fumante.Qualquer tratamento que vise a modificação de uma comportamento deve considerar, antes de qualquer coisa, a prontidão e o desejo do indivíduo para essa mudança.

Um comentário:

Cecilia Lopes disse...

Excelente post!
De onde você tirou essas informações?